Impacto da performance no dano muscular: revisão sistemática e metanálise

O dano muscular gera dificuldade na periodização do treinamento de força, em função da incapacidade do praticante manter as relação de volume e intensidade entre as sessões, o que poderá comprometer os efeitos positivos no desenvolvimento de força e hipertrofia. Objetivo: Verificar a associação das cargas de treinamento e o impacto nos indicadores de dano muscular em adultos treinados. Procedimentos Metodológicos: Primeiramente, foram feitas as buscas dos descritores na plataforma DeCS, onde foram localizados os seguintes descritores: “Resistance Exercise”, “Myalgia”, “Creatine Kinase”, “Range of Motion, Articular”, foram consultadas as plataformas PubMed, Cochrane, Web of Science e Embase em todo o período de tempo disponível até 2023, sendo incluídos apenas ensaios cruzados randomizados, na sequência as buscas foram realizadas identificados 4496 estudos potenciais para a inclusão na análise. Após a identificação dos artigos, esses foram exportados para o software gerenciador de referências EndNote, ao passar pelo filtro dos critérios de inclusão totalizaram 6 estudos para serem incluídos na revisão. A seleção dos estudos seguiu as recomendações do método Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultados: O marcador creatina quinase, sofreu distúrbios de aproximadamente 37% em todos os protocolos avaliados, porém em diferentes graus. O cortisol demonstrou um aumento de 30% seguido de redução após as sessões de treinamento em todos os protocolos avaliados. Por fim, a testosterona, não se alterou de forma mais expressiva quando comparado o protocolo de alto volume com o de alta intensidade, sem mudanças significativas nas 24h posteriores as intervenções. Conclusão: Conclui-se que a creatina quinase sofre com alterações em maior grau quando o dano muscular induzido pelo exercício ocorre, enquanto o cortisol de forma aguda se altera, porém tende a voltar aos seus níveis basais, já a testosterona independentemente do protocolo sofrerá alteração, porém, nenhum dos protocolos avaliados - quando comparados - tem capacidade de alterá-la de forma acentuada.

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