Resumo

Fatores genotípicos e comportamentais podem refletir diferentes expressões fenotípicas no que diz respeito a higidez cardiovascular tanto no âmbito hemodinâmico quanto no âmbito autonômico. Porém pouco se sabe sobre a possibilidade da predominância de fatores comportmentais, que se destaque nesse cenário o nível de atividade física, sobre os genéticos destacado-se os polimorfismos da enzima conversora da angiotensina ou vice-versa nesse sentido. Para se declinar sobre essa questão a presente Tese foi constituída por dois estudos. O primeiro, diz respeito a uma revisão sistemática sobre as associações entre os polimorfismos da enzima conversora da angiotensina (ECA) e a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), em sujeitos saudáveis. Analisando os dados referentes aos estudos selecionados na revisão, pôde-se perceber que a quantidade limitada de investigações em tal âmbito, bem como a falta de consenso nos achados não permite uma conclusão unilateral sobre o assunto. O segundo estudo, de natureza original, objetivou avaliar a influência dos polimorfismos da ECA e do nível de atividade física na pressão arterial e na VFC. O polimorfismo II mostrou ter influência na atividade parassimpática da modulação autonômica cardíaca (p < 0,05), enquanto os sujeitos mais ativos exibiram menores valores de pressão arterial diastólica (p < 0,05). Ainda, os diferentes níveis de atividade física não exerceram influência nem na pressão arterial e nem na VFC quando os polimorfismos da ECA foram levados em consideração.

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