Incursões Pela Educação Física Escolar Colombiana e Diálogos com a Realidade Brasileira
Por Silvana dos Santos Silva (Autor), Eliane Regina Crestani Tortola (Autor), Larissa Michelle Lara (Autor).
Em IV Congreso Latinoamericano de Estudios Socioculturales Del Deporte - ALESDE
Resumo
Este estudo apresenta resultados parciais da pesquisa “Centralidade da cultura e qualidade na educação: perspectivas da educação física escolar na América Latina”, financiada pela Fundação Araucária do Estado do Paraná e realizada pelo Grupo de Pesquisa Corpo, Cultura e Ludicidade, do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá. O presente recorte objetivou identificar como se dá a educação física escolar na Colômbia em termos estruturais e teóricos, notadamente em relação à qualidade na educação e à tematização da cultura na produção de conhecimento com vistas ao desenvolvimento de diálogos com a realidade brasileira. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica junto à legislação e a documentos norteadores da educação colombiana, acrescido de coletas de dados por meio da aplicação de questionário, com questões abertas, a dois professores universitários, escolhidos a partir de um mapeamento das universidades em sites do Ministério da Educação nesse país, resultando no recorte de duas instituições: Universidad Pedagogica Nacional e Universidad de Antioquia. O tratamento dos dados, orientado pela Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011), levou-nos a constatar que a educação física escolar na Colômbia, apesar de encontrar-se em desenvolvimento, apresenta problemas semelhantes em relação à brasileira no que se refere à qualidade na educação e que ainda necessita ser trabalhada em muitos aspectos, entre eles, a dicotomia entre a formação dos professores (que tende à novidade e à multiplicidade) e a realidade da escola (com atividades pautadas no desporto). As teorias pedagógicas que alicerçam a educação física escolar, segundo os entrevistados, estão amparadas na corrente psicomotricista e nos postulados de Cajigal, Parlebas, Manuel Sergio e Eugenia Trigo, com a Teoria da Motricidade Humana, embora não sejam observados intensamente diálogos com a questão cultural, algo que, na realidade brasileira, vem sido intensificado nos últimos anos.