Resumo

Introdução: A sociedade atual vem sofrendo de um mal não muito recente que, a cada dia torna-se mais preocupante atingindo várias faixas etárias principalmente as crianças, o sedentarismo. O índice de massa corporal (IMC) um índice freqüentemente utilizado em estudos epidemiológicos como preditor de desnutrição energética, sobrepeso e obesidade em pessoas não-atletas, recomendado como indicador nutricional, aliado ao VO2máx é um indicador de capacidade cardiorrespiratória sendo ambos investigados na presente pesquisa. Objetivo: Enquadrar o IMC das crianças da amostra de acordo com a tabela preconizada pela OMS, descrevendo-o e correlacionando-o com o VO2máx predito através do teste de subida e descida de banco com carga progressiva e contínua por sexo. Metodologia: Decorre de pesquisa aplicada, transversal, descritiva e probabilística estratificada proporcional, com 195 crianças de ambos os sexos, sendo 100 meninas (FEM) e 95 meninos (MAS). A coleta realizou-se após assinatura do termo de consentimento pelos pais dos alunos, aplicando-se o teste de banco com carga progressiva, protocolo Cirilo (SOUSA, 2001). Utilizou-se estadiômetro portátil, balança digital, banco eletrônico para teste de VO2 (SOUSA,2001); tabela de Borg e escala de Acomodação Postural. Resultados: Evidenciou diferenças significativas entre os sexos apenas para o VO2máx (p=0,000). Utilizando o teste “T” de Student para variável IMC comparando com o valor de referência mínimo de normalidade preconizado pela OMS (IMC=18,5) observou-se que 89,7% da amostra estavam abaixo do valor de referência, 9,2% possuíam o valor de normalidade (IMC=18,5 – 24,9), e apenas 1% estava acima do valor de normalidade (IMC=25,0 – 29,9) indicando sobrepeso. As medidas da estatura, massa corporal e IMC são diretamente proporcionais à idade. Já as medidas de VO2máx e idade são inversamente proporcionais.  Conclusão: Embora as crianças em sua maioria, tenham apresentado índice abaixo do valor de referência da OMS de normalidade do seu peso, predizendo uma desnutrição, apresentaram níveis de VO2máx elevados de acordo com a classificação proposta por SOUSA (2001). Com base nessas referências, pode-se afirmar que o estado nutricional da amostra não interferiu significativamente no VO2máx.

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