Resumo

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma interferência do neurodesenvolvimento. Associação do TEA a outras deficiências como a surdez podem provocar maiores dificuldades comunicativas e sociais. Intervenções com exercícios físicos para população ainda são escassas. (OBJETIVO) Identificar possíveis influências de intervenção com exercício físico no perfil de interação social de criança com TEA e surdez. (METODOLOGIA) Foi realizado estudo de caso, participante masculino, idade 3,2 anos, matrícula em escola pública da cidade de Maceió-Alagoas. Etapas: (1) aplicação dos instrumentos Escalas de Traços Autísticos (ATA) e Childhood Autism Rating Scale (CARS), e registros audiovisuais de duas semanas de adaptação da criança no espaço de intervenção; (2) aplicação de 10 semanas de exercícios de coordenação, força e equilíbrio, duas sessões semanais de 60 minutos cada e registro audiovisuais da 1ª, 5ª e 10ª semanas; (3) reaplicação dos instrumentos ATA e CARS, análise audiovisuais e da estatística descritiva. (RESULTADOS) Dados da ATA demonstraram melhorias de 20,2% no perfil global do transtorno comparados os momentos pré e pós intervenção. Dados da CARS identificou nível de suporte severo para ambos os momentos. A criança participou de 90% das sessões de intervenção, exercícios de coordenação e equilíbrio provocaram birras, fugas e choros até 1ª semana de intervenção, tempo médio de permanência na sessão foi de 30-40 minutos. Foram utilizados as subescalas I (interação social), II (manipulação do ambiente), IV (resistência a mudança) e VI (contato visual) da ATA para análise dos registros audiovisuais para perfil social pré e pós intervenção. Os dados demonstraram melhorias em todas as subescalas: I (85,7%); II (33,3%); IV (33,3%) e VI (90%) quando comparados dados pré e pós. (CONCLUSÃO) Intervenção com exercícios físicos parecem provocar melhor interação social de criança com TEA e surdez. Exercícios de força parecem provocar melhor engajamento em sessões com duração mais curtas.

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