Influência de intervenção com exercício físico na interação social de criança com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e Surdez: estudo de caso
Por Jandson dos Santos Pereira (Autor), Chrystiane Vasconcelos Andrade Toscano (Autor), Karla Vanessa Nunes da Silva (Autor), Millany Patricia Santos De Albuquerque Cunha (Autor), Andressa da Silva (Autor), Aline Lima Rodrigues (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma interferência do neurodesenvolvimento. Associação do TEA a outras deficiências como a surdez podem provocar maiores dificuldades comunicativas e sociais. Intervenções com exercícios físicos para população ainda são escassas. (OBJETIVO) Identificar possíveis influências de intervenção com exercício físico no perfil de interação social de criança com TEA e surdez. (METODOLOGIA) Foi realizado estudo de caso, participante masculino, idade 3,2 anos, matrícula em escola pública da cidade de Maceió-Alagoas. Etapas: (1) aplicação dos instrumentos Escalas de Traços Autísticos (ATA) e Childhood Autism Rating Scale (CARS), e registros audiovisuais de duas semanas de adaptação da criança no espaço de intervenção; (2) aplicação de 10 semanas de exercícios de coordenação, força e equilíbrio, duas sessões semanais de 60 minutos cada e registro audiovisuais da 1ª, 5ª e 10ª semanas; (3) reaplicação dos instrumentos ATA e CARS, análise audiovisuais e da estatística descritiva. (RESULTADOS) Dados da ATA demonstraram melhorias de 20,2% no perfil global do transtorno comparados os momentos pré e pós intervenção. Dados da CARS identificou nível de suporte severo para ambos os momentos. A criança participou de 90% das sessões de intervenção, exercícios de coordenação e equilíbrio provocaram birras, fugas e choros até 1ª semana de intervenção, tempo médio de permanência na sessão foi de 30-40 minutos. Foram utilizados as subescalas I (interação social), II (manipulação do ambiente), IV (resistência a mudança) e VI (contato visual) da ATA para análise dos registros audiovisuais para perfil social pré e pós intervenção. Os dados demonstraram melhorias em todas as subescalas: I (85,7%); II (33,3%); IV (33,3%) e VI (90%) quando comparados dados pré e pós. (CONCLUSÃO) Intervenção com exercícios físicos parecem provocar melhor interação social de criança com TEA e surdez. Exercícios de força parecem provocar melhor engajamento em sessões com duração mais curtas.