Resumo

RESUMO Nas últimas décadas temos vindo a assistir a alterações profundas nos estilos de vida da população infanto-juvenil. Associada a um crescente grau de urbanização, a sedentarização parece promover o declínio dos níveis de aptidão física das crianças e jovens. Os meios ruralizados são usualmente relacionados com estilos de vida mais vigorosos, no entanto a investigação desta assumpção nesta faixa etária tem sido escassa ou com conclusões algo contraditórias. O objectivo deste trabalho foi comparar os padrões de aptidão física de rapazes (7 aos 10 anos) vivendo em contextos envolventes diferenciados (urbano / rural). Foram analisados 1832 rapazes, pertencendo à base de dados do Estudo Morfofuncional da Criança Vianense. Os efeitos da Idade e do Meio no comportamento da aptidão física foram testados através de técnicas multivariadas e univariadas. Os resultados permitiram concluir que: (i) a aptidão física melhorou significativamente de ano para ano, independentemente do meio; (ii) os rapazes dos dois grupos exibiram uma estrutura significativamente diferente de aptidão física ao longo das idades; (iii) os rapazes das zonas rurais demonstraram ser consistentemente superiores nas provas de Pull Up, Corrida de 50 metros e Corrida de Vaivém, enquanto os seus pares do meio urbano se evidenciaram nas prestações de Shuttle Run e Salto Horizontal. Palavras-chave: aptidão física, crianças, rapazes, urbano/rural, estilos de vida.

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