Resumo

Este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão de literatura de propostas pedagógicas que oportunizem a iniciação do atletismo no processo inclusivo. Entende-se por processo inclusivo aquele onde as atividades são planejadas para que todos os praticantes possam participar de forma efetiva. O atletismo é um esporte inclusivo por natureza, abrangendo biotipos diferenciados em cada prova específica, seja de lançamentos, saltos ou corridas. Para pessoas com algum tipo de deficiência, existem algumas adaptações que garantem a participação justa. A iniciação não se dá somente com escolares, mas com pessoas que ao longo da vida adquiriram uma deficiência ou que simplesmente não tiveram oportunidade de vivenciar o atletismo na infância e adolescência e buscam este esporte na vida adulta sem pretensões de ser um atleta de rendimento, apenas para lazer e melhor qualidade de vida. Serão revisadas as propostas disponibilizadas pela Confederação Brasileira de Atletismo, pelo Ministério do Esporte, pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, pelas Olimpíadas Especiais® e por autores da área de pedagogia do esporte e atletismo. O resultado esperado é de elucidar as diversas formas de se trabalhar com a iniciação ao atletismo. A conclusão é que para ter uma iniciação adequada, o profissional de educação física deve sondar o repertório motor do iniciante, propiciar o gosto pela modalidade através de atividades lúdicas e levá-lo a querer refinamento técnico para melhorar suas marcas pessoais e não por mera imposição de repetição de gestos técnicos como na aplicação pura do método analítico-sintético, mas o aprender jogando, do método global/funcional, contextualizando a prática histórica e socialmente.
 

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