Resumo

Este estudo descritivo de caso objetivou analisar a interferência do vestuário no desempenho, na amplitude de movimento (ADM) e no conforto dos exercícios físicos (EF) realizados na ginástica laboral (GL) com uniforme (UNI) e vestuário para a prática de exercícios físicos (VEF). Participaram 20 trabalhadoras com 28,9±10,2 anos de uma empresa de Florianópolis. Foram utilizados uma câmera fotográfica, banco de Wells, questionário e entrevista. Foram realizados sete EF: flexão do quadril, flexão do ombro, flexão do tronco--ângulos do quadril e tornozelo, extensão do ombro, flexão do tronco modificado-ângulos do quadril e tornozelo, adução horizontal do ombro e teste de sentar e alcançar com UNI e VEF. Aplicaram-se o teste t pareado, Qui-quadrado e Exato de Fisher, p≤0,05. Constatou--se que, com UNI, sete trabalhadoras cuidavam para não mostrar o corpo, 17 retiravam peças do vestuário e 13 perceberam limitação do movimento. A presença de desconforto na parte superior do corpo foi menor nos EF de flexão do quadril e adução horizontal do ombro e na parte inferior nos EF de flexão, extensão e adução horizontal do ombro. Com UNI, as ADM foram menores do que com VEF nos EF: flexão do quadril (p=0,017), flexão do ombro (p=0,0075), flexão do tronco (quadril e tornozelo), flexão do tronco modificado (tornozelo), teste de sentar e alcançar (valores angulares e lineares) (p<0,001). O desem-penho da flexão do tronco (tornozelo) foi melhor (p=0,001) com UNI devido ao calçado. Conclui-se que o vestuário tende a interferir na ADM e no conforto, mas não no desem-penho dos exercícios físicos.

Acessar