Interseccionalidade e educação: possibilidades de diálogo
Por Rita de Cassia de Oliveira e Silva (Autor).
Parte de Cotidiano, educação e culturas: realizações, tensões e novas perspectivas . páginas 177
Resumo
INTRODUÇÃO
A luta por direitos das mulheres vem ganhando diferentes contornos ao longo dos anos. O movimento feminista vem se desenvolvendo em suas diferentes ondas e vieses, nos permitindo pensar em distintos “movimentos feministas”. De Soujourner Truth (“E eu não sou uma mulher?”) a Maria Lugones (superação do pensamento categorial 1 ) a categoria “mulher” está sempre em disputa.
Dito isto, tanto representantes do mulherismo 2 , quanto do feminismo negro 3 e, atualmente, do feminismo decolonial criticam as primeiras ondas e vertentes feministas de não considerarem as questões da mulher negra, indígena e de cor 4 como centrais em suas agendas de luta. Enquanto o feminismo radical reivindicava o direito ao trabalho para as mulheres brancas, as mulheres negras já haviam sido escravizadas e obrigadas a realizar trabalhos desumanos nos plantations de seus senhores de engenho, há anos.