Intervenções psicológicas nos jogos olímpicos
Por Maria Regina Ferreira Brandão (Autor).
Em XVII Congresso Brasileiro e X Congresso Internacional de Psicologia do Esporte
Resumo
A atividade esportiva e, mais especificamente, a atividade competitiva exige do atleta o saber lidar com uma diversidade de emoções, ansiedade, medo, depressão, insegurança, alegria, felicidade, culpa, vergonha, motivação, frustração, dentre outras, o saber controlar seu estado emocional e o saber lidar com o dinamismo desses estados emocionais, ou seja, a passagem rápida de um sentimento a outro, que em determinadas ocasiões, podem ser opostos. Além do mais, é uma atividade na qual o individuo compete contra outros e contra seus próprios limites. O conhecimento prévio da saúde psicológica e emocional do atleta passa a ser um elemento de grande importância, neste momento, pois cada êxito ou fracasso, cada vitória ou derrota se converte em objeto de agudas e variadas vivências. A necessidade de ganhar ou de superar a si mesmo se vê, muitas vezes, comprometida pela antecipação da derrota ou ao menos pela falta de confiança nas próprias forças. Portanto, em linhas gerais, a atividade esportiva se distingue por vivências emocionais fortes e intensas que exigem que o atleta saiba dominar-se e dirigir suas emoções para a solução das tarefas esportivas, sem perder o domínio de si mesmo. Estas emoções podem exercer uma influência positiva ou negativa sobre os processos orgânicos e a conduta do desportista. O aumento do stress nas competições, por exemplo, pode fazê-lo reagir física e mentalmente de maneira negativa e isto irá afetar seu desempenho. Assim, a preparação psicológica para os Jogos olímpicos deve incluir questões tais como: treinamento das habilidades mentais e plano ideal para o rendimento psicológico, gerenciamento dos riscos, o uso adequado das informações da mídia e, intervenção em momentos decisivos. O psicólogo do esporte deve poder detectar e avaliar as necessidades psicológicas dos atletas; planificar, de acordo com o regime de competições, o trabalho psicológico para que os atletas desenvolvam e aperfeiçoem as habilidades psicológicas que correspondem a fase competitiva: a) segurança em suas possibilidades, grau de entusiasmo e esforço e desejo de participação; b) concentração na atividade, atenção e tenacidade; c) espírito competitivo, qualidades combativas, decisão, vontade de vencer e, d) estabilidade psíquica e vontade de autodomínio.