Resumo

Nos Jogos Olímpicos de Londres, a Seleção Brasileira Feminina de Handebol foi derrotada nas quartas de finais pela campeã da edição, a Seleção Norueguesa. Este jogo demonstrou o quanto tínhamos que trabalhar ainda para realmente alcançarmos a excelência na modalidade, e entrar para o cenário internacional como uma das grandes potências no Handebol. Neste momento, constatou-se que os países nórdicos, bem como europeus, demonstravam de uma forma natural o quanto que os jogos não eram apenas uma competição, mas, uma verdadeira batalha seguindo a tradição bélica de seus países. Então, pode-se entender que as questões culturais afetam o desempenho e os resultados esportivos. Tudo está na forma como as partidas são encaradas pelos atletas. Para a edição dos Jogos Olímpicos Rio2016, pode-se desenvolver e aplicar um modelo mais do que competitivo, mas combativo dentro das modalidades. Com a frase, “Competir sim, mas Combater também”, apresentou-se aos atletas um conjunto de estímulos que teve como finalidade desenvolver uma postura combativa. Mas afinal, o que vem a ser combatividade? É a arte de atacar, utilizando estratégias mentais e um código de conduta inspirado nas grandes batalhas históricas. Para estudar a combatividade, precisamos primeiramente, diferenciar o conceito de competitividade de combatividade e, identificar as variáveis comuns a elas, uma vez que uma não anula a outra. Desenvolvemos 4 tipologias combativas que auxiliam na construção da identidade combativa de cada atleta: O caçador, O inibidor, O defensor e O otimizador. Cada tipologia apresenta características que determinam as ações de cada de cada um, bem como possibilita estudar seus adversários e reconhecer em si, e em seus adversários pontos estratégicos mentais e emocionais de enfrentamento. O modelo Combativo apresenta um protocolo: Desenvolvimento da Identidade Combativa; Reconhecimento do estágio combativo; Scoult Psicológico combative utilizando como referência – o ritmo de jogo, placar, produtividade, combinação das tipologias, estudo dos adversários e desenvolvimento do plano combativo através dos check-lists orientados. Essa forma conceitual de vivenciar a competição, apresentou pelo relato dos atletas, motivação e uma nova forma de encarar a pressão psicológica.

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