Resumo

Esta pesquisa buscou compreender os Jogos Olímpicos como espetáculo de entretenimento, explícito na dimensão da infraestrutura, na expectativa quanto ao desempenho dos atletas, na midiatização do evento, nas razões do Estado e nos interesses privados em sediar, no montante dos custos econômicos, nos exemplos de superação e na possibilidade de enaltecer ou abalar o orgulho nacional. Para tanto realizamos pesquisa bibliográfica a partir de materiais de domínio cientifico, primordiais tanto para a coleta de dados quanto para realizar a análise do objeto de estudo; e pesquisa documental, via análise da mídia impressa “Folha de S. Paulo”, sobretudo, entre o período de 1991 a 2012. Como procedimento de interpretação, utilizamos análise de conteúdo. A problematização da temática leva em consideração as mudanças operadas na concepção de tempo e de tempo livre, como o aumento da oferta de produtos destinados aos usos do tempo, dentre eles, o espetáculo. Situamos o surgimento, a invenção, a instalação e a reinvenção dos Jogos Olímpicos na sociedade capitalista contemporânea, buscando aproximações entre os Jogos Olímpicos e o espetáculo de entretenimento. Em síntese, procuramos demonstrar que os Jogos Olímpicos trata-se de um exemplo singular da mundialização do entretenimento, um fenômeno planetário de controle ideológico da sociedade capitalista, transformado em mercadoria para a satisfação imediata do público, rentável para a indústria do entretenimento e estruturadora da ideologia capitalista

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