Resumo

Este ensaio teórico pretende debater o lazer como construção identitária, apresentando o Kemetic Yoga como possibilidade. Compreendemos que o lazer não está inerte nas movimentações constantes da realidade. O racismo e outras opressões estão intrínsecos em suas dimensões, manifestações e usos. Assim, “pensar o lazer implica em pensar sua origem, suas relações e de que forma é dimensionado nas sociedades” (Barbosa; Silva, 2011, p. 2). Embora diferentes perspectivas concorram no debate, é notável a hegemonia de processos conservadores nas formas de pensar e agir o lazer, aproximando-o das ideias de trabalho, mercado, e indústria cultural (Stigger; Myskiw, 2015). Destacamos nosso posicionamento político na contramão de uma postura etnocêntrica, e buscamos, a partir de realidades outras, espremer um conceito dicotômico do lazer, que invisibiliza outras pluralidades com valores, modos de pensar e agir (r)existindo aos mecanismos sociais excludentes.

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