Resumo

O lazer, reconhecido como tempo livre para a fruição dos bens socialmente produzidos pela humanidade, sob a forma de produções culturais e possibilitador da formação humana, encontra-se atrelado às forças produtivas e às correspondentes relações de produção inscritas no processo de trabalho. As relações de produção de bens materiais da vida no campo, tendo como referencial as contradições entre capital e trabalho, bem como, as relações e contradições entre tempo de trabalho e tempo de não-trabalho, nos levam a seguinte indagação: Quais são as transformações que vem ocorrendo na vida no campo e do campo e, de que maneira estas interferem no processo de apropriação do tempo de não-trabalho? Acredita-se na hipótese de que o tecido urbano, tais quais suas extensões e proliferações, tem se estendido e corroído a vida no campo, interferindo tanto nos modos de (re)produção social como nos modos de apropriação de um suposto tempo livre. Além disto, acredita-se que o modo de produção da vida no e do campo, pautado naquilo que há de se chamar agronegócio, resulta em uma organização e apropriação de um suposto tempo livre de forma completamente diferente e contraditória das relações sociais, sentidos e significados construídos no suposto tempo livre de um campesinato.

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