Resumo

Nos últimos anos, o desenvolvimento do esporte paraolímpico nacional e internacional tem estimulado maior participação dos portadores de deficiência em atividades desportivas, exigindo dos atletas incremento na intensidade e freqüência nos treinamentos e competições, o que impulsiona, ainda mais, os índices de lesões traumato-ortopédicas. Objetivou-se neste estudo de caráter descritivo-analítico verificar a prevalência de lesões traumato-ortopédicas em 82 atletas paraolímpicos selecionados de forma não probabilística intencional pertencentes às modalidades: natação = 37; tênis de mesa = 19; atletismo = 19; halterofilismo = 7, sendo 60 do sexo masculino e 22 do feminino, na faixa etária de 15 a 51 anos, participantes dos campeonatos mundiais nas referidas modalidades esportivas no ano de 2002. Utilizando-se como instrumento o prontuário médico do Departamento Médico do Comitê Paraolímpico Brasileiro preenchidos nesses eventos (técnica da observação através da história clínica - esportiva do atleta/anamnese (entrevistas com os atletas) e exame físico), os resultados revelaram prevalência de lesões nos atletas de atletismo (MMII = 64,9%, coluna = 19,3% e MMSS = 15,8%); halterofilismo (coluna = 54,5%, MMSS = 36,4% e MMII = 9,1%); natação (MMSS = 44,4%, coluna = 38,9 e MMII = 16,7%) e tênis de mesa (MMSS = 56%, coluna = 36% e MMII = 8%). Tais resultados nos permitem concluir que a prática esportiva de atletas paraolímpicos, pela intensidade de esforços na tentativa de superação, provoca lesões dessa natureza, o que recomenda diagnóstico e tratamento precoces, além de fortalecer as medidas preventivas dos atletas.

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