Resumo

Pautado pela perspectiva antropológica do interacionismo simbólico, o presente estudo utilizou o método etnográfico com o objetivo de conhecer as concepções e as estratégias relativas aos “limites” corporais de professores de Educação Física e de alunos, no setor da musculação de duas academias de ginástica, onde foi realizada a observação participante durante um ano. Entendendo “limites” corporais como a forma com que os sujeitos lidam com qualquer possível impedimento determinante para a realização da prática corporal, os cenários escolhidos foram, em uma perspectiva comparativa, duas academias de ginástica em bairros distintos socioeconômica e culturalmente na cidade do Rio de Janeiro: uma academia de pequeno porte no bairro popular da Cidade de Deus e outra de grande porte no bairro nobre da Barra da Tijuca. Os achados e as conclusões apontaram alguns aspectos singulares e determinantes que atravessam ambas as academias de ginástica para se compreender a diversidade de concepções entre professores de Educação Física e alunos acerca dos corpos no “limite” e dos possíveis riscos à saúde. 


 

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