Lutas na Base Nacional Comum Curricular: Unidades Didáticas Para o Ensino Fundamental
Por Renata Gonçalves Gomes (Autor), Caroline Balbieri Dias (Autor), Flávia Ananias Rizzo (Autor), André Luís Barroso (Autor).
Em II Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte FCA-UNICAMP/SESC - CONIPE
Resumo
Introdução: O conteúdo lutas é pouco trabalhado nas escolas devido principalmente às questões histórico-culturais da educação física, à resistência dos profissionais da educação básica, dos próprios alunos e dos pais por preconceitos acerca dessa prática corporal. Em virtude disso, esse estudo se propôs a apresentar possibilidades para o tratamento pedagógico das lutas a partir das diretrizes do documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Objetivo: Desenvolver unidades didáticas para o Ensino Fundamental sobre a prática corporal de lutas com foco nos objetos de conhecimento presentes no segundo, terceiro e quarto ciclos da BNCC. Metodologia: Para desenvolvimento do estudo foi utilizado o método da pesquisa bibliográfica. Resultados: A unidade didática elaborada para o segundo ciclo abrangeu as lutas regionais, sendo também abordadas questões de injustiça, preconceitos quanto aos alunos da educação especial, além da diferenciação entre lutas e brigas. No terceiro ciclo as atividades foram embasadas nas lutas do Brasil, mais especificamente a capoeira, o huka huka e a luta marajoara, trabalhando a contextualização sociocultural, os elementos técnicos e táticos, as questões de gênero e as transformações históricas nas comunidades. No quarto ciclo foram apresentadas atividades para trabalhar as lutas do mundo, com ênfase no muay thai e no jiu jitsu, além de abordar as questões étnicas raciais e indígenas, o processo de esportivização e midiatização das lutas e o reconhecimento das lutas de curta, média e longa distância. Conclusão: Verificou-se que a BNCC vem para contribuir com o conteúdo das lutas na escola, visto que é apontado para receber um tratamento pedagógico em três ciclos do Ensino Fundamental; como também, entende-se que os profissionais de educação física não necessitam ter uma formação especializada em alguma modalidade, cabendo ao professor utilizar a ludicidade em sua prática pedagógica para o desenvolvimento desse conteúdo.