Resumo

O máximo déficit acumulado de oxigênio (MAOD) é tido atualmente como medida padrão-ouro para diagnóstico da capacidade anaeróbia (CAn) em humanos. Particularmente o procedimento abreviado conhecido como #3 de Medbø constitui, por razões práticas, interessante opção de avaliação em atletas. Mas apesar da relevância da especificidade e crescente emprego de analisadores de gases portáteis na determinação de índices aeróbio em de campo, não são encontradas na literatura informações relativas à determinação, precisão ou validade do MAOD em pista de atletismo. Assim, foram objetivos do presente estudo: i) a determinação do MAOD e sua precisão em corredores por meio do procedimento #3 adaptado à pista; ii) análise da influência de variações quanto à inclusão de valores VO2 de repouso (VO2REP) nas regressões necessárias ao cálculo do MAOD e; iii) análise da validade concorrente do MAOD confrontando os valores obtidos em corrida livre (CL) aos verificados em teste de corrida resistida (CR). Num intervalo de duas semanas, 8 velocistas (21,5 ± 3,2 anos; 71,5 ± 6,0 kg; 180 ± 6 cm e 4,9 ± 1,3 % de gordura) foram submetidos a 6 sessões experimentais separadas por 48 a 72 horas em pista de 400 m, sendo 3 avaliações em CL e 3 em CR. Nesta última foi utilizado aparato móvel com intuito de impor de resistência horizontal de 4 % do peso corporal ao deslocamento dos voluntários. Em todas as avaliações o VO2 foi monitorado por meio de analisador portátil em modo de telemetria. Testes incrementais contínuos em ambas as condições foram realizados para determinação do VO2PICO e vVO2PICO. Regressões lineares velocidade-VO2 individuais foram calculadas a partir de 3 esforços submáximos de 6 min entre ~75 e 96% do VO2PICO com e sem VO2REP na velocidade zero para estimativa da demanda de oxigênio (DO2) para intensidades equivalentes a 120 e 110% da vVO2PICO em CL e CR, respectivamente. Finalmente, esforços...

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