Resumo

Introdução: A inatividade física é fator de risco para inúmeras doenças e, paradoxalmente, também pode ser fator de risco para sintomas da síndrome do overtraining(SOT). Objetivo: Os objetivos deste estudo foram avaliar os níveis de atividade física de militares e comparar esses níveis com os sintomas da SOT. Métodos: A amostra consistiu de 95 militares (29,6 ± 1,1 anos; 27,5 ± 3,7 kg/m2) participantes de um curso de carreira, os quais foram divididos em inativos (IN), ativos (AT) e muito ativos (MT). Foi aplicado o Questionário de Overtraining (QOT), além de uma anamnese e a versão curta do IPAQ para caracterizar e estratificar a amostra. A comparação entre as médias dos escores obtidos nos questionários foi realizada através da ANOVA de uma entrada com post-hoc de Tukey quando necessário. Resultados: Os resultados revelaram que 41% dos militares se encontravam IN, 40% AT e 19% MT. A ANOVA indicou diferença significativa nos escores do QOT entre IN (38,62 ± 17,58) e MT (29,06 ± 11,65) (p=0,04). Conclusão: Conclui-se que a maior parte dos militares apresentou níveis adequados de atividade física, porém, os IN manifestaram sintomas mais evidentes da SOT quando comparados aos MT. Apesar de esse assunto ser controverso, a literatura já está bem consolidada de que a SOT não envolve apenas questões relacionadas ao exercício. Outros estressores, como o sono e estresse psicológico, por exemplo, quando associados, podem servir de gatilhos para o esgotamento físico e mental, independentemente do nível de atividade física.

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