Mobilidade Funcional em Indivíduos com Paralisia Cerebral Espástica de Acordo com o Tipo e a Idade
Por Ana F. R. Kleiner (Autor), Thiago Guido Ayres (Autor), Patrícia M. Saraiva (Autor), Rosangela Alice Batistela (Autor), Ricardo S. Pietrobon (Autor), Lilian Teresa Bucken Gobbi (Autor).
Em Revista Portuguesa de Ciências do Desporto v. 8, n 3, 2008.
Resumo
Mobilidade funcional é a habilidade de se locomover independentemente no ambiente, atingindo o destino desejado. Indivíduos com paralisia cerebral espástica apresentam dificuldades na mobilidade de acordo com o tipo (diplegia, hemiplegia e tetraplegia). Além disso, com o avanço da idade, indivíduos portadores de paralisia cerebral espástica apresentam deterioração nos parâmetros cinemáticos da marcha. Assim, o objectivo deste estudo foi comparar a mobilidade funcional entre indivíduos com paralisia cerebral espástica, quanto ao tipo e ao grupo etário. Participaram deste estudo 68 portadores de paralisia cerebral espástica, sendo 30 diplégicos, 23 hemiplégicos e 15 tetraplégicos. Estes também foram distribuídos em 3 grupos etários: grupo crianças (4-12 anos); grupo jovens (13-19 anos) e grupo adultos (20-45 anos). A mobilidade funcional foi avaliada pela Escala de Mobilidade Funcional. O tempo gasto e a classificação na escala foram tratados por meio de ANOVAs não-paramétricas, separadamente para o tipo e o grupo etário, em 3 distâncias: 5m, 50m e 500m. Os resultados não evidenciaram diferenças quanto ao grupo etário e apontaram que indivíduos com paralisia cerebral espástica hemiplégica obtiveram melhores resultados para todas as distâncias percorridas. Podemos concluir que o comprometimento segmentar e o repertório motor afectam a mobilidade funcional.