Mudanças em indicadores de aptidão funcional em pessoas idosas: análise por faixas etária
Por Yuri Alberto Freire (Autor), Carla Bianca Tabosa Oliveira (Autor), Isabela Karoliny Calixto de Souza (Autor), Marcyo Câmara (Autor), Eduardo Caldas Costa (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
Aptidão funcional refere-se à capacidade de realizar atividades diárias de forma independente e segura, sem fadiga excessiva. Embora a aptidão funcional diminua com o envelhecimento, não está claro como seus indicadores se alteram ao longo do tempo em pessoas idosas de diferentes faixas etárias. Objetivo: Analisar a mudança de indicadores de aptidão funcional em pessoas idosas de diferentes faixas etárias.Métodos: Estudo longitudinal com seguimento de cinco anos em pessoas idosas entre 60 e 75 anos. Indicadores analisados: i) sentar e levantar em 30s (TSL); ii) flexão de cotovelo em 30s (TFC); iii) TUG; iv) caminhada de seis minutos (TC6); v) escala de equilíbrio de Berg (EEB); vi) potência específica baseada no TLS (PRE). A Equação de Estimativas Generalizadas foi utilizada para testar a mudança da aptidão funcional por faixa etária após cinco anos e a interação da mudança entre faixa-etária (tempo × faixa etária), ajustada pelo tempo no estudo.Resultados: Foram incluídos 163 participantes (71% mulheres; 66,0 ± 4,4 anos). Após cinco anos, houve redução no desempenho no TUG e o TC6 nos grupos de 60-64 anos (β= 0,9seg e -35,8m, respectivamente), 65-70 anos (β= 1,0seg e -31,5m, respectivamente) e 70-75 anos (β= -1,6seg e -24,5m, respectivamente). Os demais indicadores não mudaram ao longo do tempo (p > 0,05). A trajetória do desempenho no TUG e PES foi diferente entre os grupos etários (p interação < 0,05). A redução de desempenho no TUG e PES foi mais pronunciada (p < 0.05) no grupo 70-75 anos, comparado ao grupo 60-64 anos.Conclusão: Após cinco anos, houve manutenção da força de membros superiores e inferiores em todas as faixas etárias (TFC e TSL), e declínio na agilidade/equilíbrio dinâmico e capacidade de caminhada (TUG e TC6). A trajetória da agilidade/equilíbrio dinâmico e potência específica é pior em pessoas idosas mais velhas.