Resumo

O presente estudo teve como objetivo verificar a prevalência e fatores associados a baixos níveis de atividade física em acadêmicos de Educação Física de uma universidade pública do Nordeste do Brasil. A amostra foi calculada considerando o curso, licenciatura e bacharelado, sendo composta por 217 estudantes (54,8% do sexo masculino). Para a avaliação da atividade física foi utilizado o questionário internacional de atividade física (IPAQ), versão curta. Foi considerado pouco ativo fisicamente quem não atingia a recomendação de 150 minutos por semana. As variáveis demográficas e socioeconômicas analisadas foram: sexo, idade, nível econômico, situação conjugal, trabalho remunerado, escolaridade materna e paterna, curso. Os comportamentos relacionados à saúde analisados foram: consumo excessivo de álcool, estresse, hábitos alimentares e a auto-percepção de saúde. A regressão logística binária foi usada para examinar as associações entre o desfecho e as variáveis independentes, considerando p≤0,05. Dos acadêmicos, 10,6% (IC95%: 6,5-14,7) foram considerados pouco ativo fisicamente. Os resultados na análise ajustada indicaram que universitários do sexo feminino (RC: 3,74; IC95%: 1,34-10,3), com escolaridade materna maior que oito anos (RC: 4,81; IC95%: 1,02-22,8) e com alimentação inadequada (RC: 5,19; IC95%: 1,75-15,3) apresentaram maiores chances de estarem com baixos níveis de atividade física. Tais achados podem ser úteis no planejamento, implantação e orientações de intervenções específicas para esta população.

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