Resumo

Introdução: O treino de força (TF) de baixa intensidade (TFBI) até a falha muscular resulta em hipertrofia similar ao TF de alta intensidade (TFAI). Contudo, é desconhecido se isso ocorre pela falha muscular ou pelo volume total (VT) elevado. Objetivo: O objetivo do estudo foi verificar e comparar os efeitos do TFBI e do TFAI com ou sem falha muscular na hipertrofia e força muscular. Métodos: Vinte e cinco homens (24,1 ± 4,5 anos; 176,1 ± 7,0 cm; 74,1 ± 16,3 kg) fisicamente ativos fizeram 8 semanas do exercício extensão unilateral de joelho. Cada perna treinou um de 4 protocolos. Se uma perna fez o TFAI até a falha muscular (TFAI-F, 3 séries, 80% 1RM), o VT obtido foi feito no treino da outra perna, sem falha muscular (TFAI-SF, ~5 séries, 80% 1RM). Se uma perna treinou o TFBI até a falha muscular (TFBI-F, 3 séries, 30% 1RM), o VT obtido foi feito no treino da outra perna, sem falha muscular (TFBI-SF, ~5 séries, 30% 1RM). Os protocolos usaram 2 min de intervalo. Força dinâmica máxima (1RM) e área de secção transversa do quadríceps femoral (ASTQ) foram analisadas no pré e pós-treinamento com um modelo misto com post hoc de Tukey, e o VT (repetições x peso) com uma ANOVA one-way (p≤0,05). Resultados: Não houve diferença no VT entre TFAI-F, TFAI-SF, TFBI-F e TFBI-SF (28011 ± 7264 kg; 27977 ± 7265 kg; 25546 ± 5831 kg e 25558 ± 5763 kg, respectivamente, P=0,926). A ASTQ aumentou após o treinamento no TFAI-F (8,1 ± 4,5%, P=0,001), TFAI-SF (7,7 ± 3,6%, P=0,001) e TFBI-F (7,8 ± 5,1%, P=0,001), sem diferenças entre si. Porém, não houve aumento no TFBI-SF (2,8 ± 2,4%, P=0,994). Todos os protocolos aumentaram o 1RM no pós-treinamento (p<0,0001). Contudo, TFAI-F (33,8 ± 15,2%) e TFAI-SF (33,4 ± 11,5%) obtiveram maiores aumentos que TFBI-F (17,7 ± 10,0%, P=0,001) e TFBI-SF (15,8 ± 11,8%, P=0,001) (Figura 1). Conclusão: No TF de baixa intensidade a falha muscular e não o VT gera hipertrofia similar ao TF de alta intensidade, enquanto maiores ganhos de força são obtidos em alta intensidade.

Acessar Arquivo