No Treinamento de Força de Baixa Intensidade a Falha Muscular e Não o Volume Total Causa Hipertrofia Similar Ao Treinamento de Força Alta Intensida
Por Talita de Souza Barros (Autor), Carla Silva Batista (Autor), Helderson Brendon (Autor), Ariel Roberth Longo (Autor), Thiago Lasevicius (Autor), Valmor Tricoli (Autor), Bergson de Almeida Peres (Autor), Emerson Teixeira (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O treino de força (TF) de baixa intensidade (TFBI) até a falha muscular resulta em hipertrofia similar ao TF de alta intensidade (TFAI). Contudo, é desconhecido se isso ocorre pela falha muscular ou pelo volume total (VT) elevado. Objetivo: O objetivo do estudo foi verificar e comparar os efeitos do TFBI e do TFAI com ou sem falha muscular na hipertrofia e força muscular. Métodos: Vinte e cinco homens (24,1 ± 4,5 anos; 176,1 ± 7,0 cm; 74,1 ± 16,3 kg) fisicamente ativos fizeram 8 semanas do exercício extensão unilateral de joelho. Cada perna treinou um de 4 protocolos. Se uma perna fez o TFAI até a falha muscular (TFAI-F, 3 séries, 80% 1RM), o VT obtido foi feito no treino da outra perna, sem falha muscular (TFAI-SF, ~5 séries, 80% 1RM). Se uma perna treinou o TFBI até a falha muscular (TFBI-F, 3 séries, 30% 1RM), o VT obtido foi feito no treino da outra perna, sem falha muscular (TFBI-SF, ~5 séries, 30% 1RM). Os protocolos usaram 2 min de intervalo. Força dinâmica máxima (1RM) e área de secção transversa do quadríceps femoral (ASTQ) foram analisadas no pré e pós-treinamento com um modelo misto com post hoc de Tukey, e o VT (repetições x peso) com uma ANOVA one-way (p≤0,05). Resultados: Não houve diferença no VT entre TFAI-F, TFAI-SF, TFBI-F e TFBI-SF (28011 ± 7264 kg; 27977 ± 7265 kg; 25546 ± 5831 kg e 25558 ± 5763 kg, respectivamente, P=0,926). A ASTQ aumentou após o treinamento no TFAI-F (8,1 ± 4,5%, P=0,001), TFAI-SF (7,7 ± 3,6%, P=0,001) e TFBI-F (7,8 ± 5,1%, P=0,001), sem diferenças entre si. Porém, não houve aumento no TFBI-SF (2,8 ± 2,4%, P=0,994). Todos os protocolos aumentaram o 1RM no pós-treinamento (p<0,0001). Contudo, TFAI-F (33,8 ± 15,2%) e TFAI-SF (33,4 ± 11,5%) obtiveram maiores aumentos que TFBI-F (17,7 ± 10,0%, P=0,001) e TFBI-SF (15,8 ± 11,8%, P=0,001) (Figura 1). Conclusão: No TF de baixa intensidade a falha muscular e não o VT gera hipertrofia similar ao TF de alta intensidade, enquanto maiores ganhos de força são obtidos em alta intensidade.