Resumo

Analisa as relações que crianças em tratamento oncológico estabelecem com os jogos e as brincadeiras mediadas por um projeto de extensão universitária. Trata-se de um Estudo de Caso Etnográfico, cujo foco é o projeto Brincar é o Melhor Remédio, desenvolvido por meio de parceria entre a Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (ACACCI) e o Núcleo de Aprendizagens com as Infâncias e Seus Fazeres (NAIF), do Centro de Educação Física e Desportos da UFES. Pela categoria “com olhos de criança”, destacamos as experiências do projeto que promovem o brincar como direito das crianças, centrado em suas subjetividades e autorias. Propomos que a mediação com esse “olhar”supera o viés utilitarista, cujo foco principal é a adesão ao tratamento.

Referências

ALVES, N. Sobre as razões das pesquisas nos/dos/com os cotidianos. In: GARCIA, R. L. (org.). Diálogos cotidianos. Petrópolis: DP et Alii, Rio de Janeiro: Faperj, 2010.

BRANDÃO, C. R. A educação como cultura. São Paulo: Brasiliense, 1985.

BRASIL. Lei n.º 8.069 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de jul. 1990.

BUSS-SIMÃO, M.; ROCHA, E. A. C. Nota crítica sobre a composição de pedagogias parta a educação infantil. Em Aberto, Brasília, v. 30, n. 100, p. 83-93, set./dez. 2017.

CAILLOIS, R. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Lisboa: Cotovia, 1990.

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

CERTEAU, M. Teoria e Método no Estudo das Práticas Cotidianas. In: SZMRECSANY, M. I. (org.). Cotidiano, cultura popular e planejamento urbano. São Paulo: FAU/USP, 1985. p. 3-19.

CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed, 2000.

CORSARO, W. A. Reprodução interpretativa e cultura de pares. In: MÜLLER, F.; CARVALHO, A. M. A. (org.). Teoria e prática na pesquisa com crianças: diálogos com William Corsaro. São Paulo: Cortez, 2009.

FREIRE, J. B. O jogo: entre o riso e o choro. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2005.

HARARI, Y. N. Homo Deus: uma breve história do amanhã. São Paulo: Companhia da Letras, 2016.

HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1980.

MARCELLINO, N. C. Lazer e educação. 17. ed. Campinas: Papirus, 1995.

MATTOS, K. et al. Estratégias de enfrentamento do câncer adotadas por familiares de indivíduos em tratamento oncológico. Rev. Psicol. Saúde, Campo Grande, v. 8, n. 1, p. 01-06, 2016.

MELO, L. L. Do vivendo para brincar ao brincando para viver: o desvelar da criança com câncer em tratamento ambulatorial na brinquedoteca. 2003. Tese (Doutorado) – Programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2003.

MELLO, A. S.; DAMASCENO, L. G. Conhecimento e metodologia do ensino do jogo. Vitória: UFES/NEAD, 2011.

ROSSETI-FERREIRA, M. C.; OLIVEIRA, Z. M. R. Um diálogo com a sociologia da infância a partir da psicologia do desenvolvimento. In: MÜLLER, F.; CARVALHO, A. M. A. (org.). Teoria e prática na pesquisa com crianças: diálogos com William Corsaro. São Paulo: Cortez, 2009.

PRADO, A. A duração do dia. Rio de Janeiro: Editora Record, 2010.

RORTY, R. Contingência ironia e solidariedade. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

SARMENTO, M. J. Os ofícios da criança. In: Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho. (org.). Os mundos sociais e culturais da infância. Braga, 2002, vol. II, p. 125-143.

SARMENTO, M. J. O estudo de caso etnográfico em educação. In: ZAGO, N.; CARVALHO, M. P.; VILELA, R. A. T. (org.). Itinerários de pesquisa: perspectivas qualitativas em Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

SARMENTO, M. J. A Sociologia da Infância e a sociedade contemporânea: desafios conceituais e praxeológicos. In: ENS, R. T.; GARANHANI, M. C. (org.). Sociologia da Infância e a formação de professores. Curitiba: Editora Champagnat, 2013.

SOUZA, M. G. G; ESPÍRITO SANTO, F. H. O olhar que olha o outro: um estudo em familiares de pessoas em quimioterapia antineoplásica. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 54, n. 1, p. 31-41, 2008.

TOLOCKA, R. E. et al. Brincar e crianças com câncer: que relação é esta? Licere, Belo Horizonte, v. 22, n. 1, p. 421-444, mar/2019. DOI: doi.org/10.35699/1981-3171.2019.12327

Acessar