Resumo

O chá verde está associado a uma série de benefícios à saúde, assim como o treinamento físico. Porém, a associação de ambos apresenta efeitos cronotrópicos e autonômicos cardíacos pouco conhecidos.

Objetivo:

Avaliar o efeito da associação da administração crônica de chá verde e do treinamento físico sobre a frequência cardíaca (FC) basal e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em ratos Wistar.

Métodos:

Quarenta e três ratos Wistar (Rattus norvegicus, var. albinus), pareados pelo peso e por idade, foram distribuídos em quatro grupos experimentais, intitulados de controle sedentário (CONsed, n = 10), controle treinado (CONtre, n = 08), chá sedentário (CHÁsed, n = 16) e chá treinado (CHÁtre, n = 09). A ingestão de chá foi "ad libitum". O protocolo de treinamento físico teve duração de oito semanas e foi realizado através de sessões de natação com incrementos de carga. Ao final, foram determinadas a frequência cardíaca basal e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) nos domínios do tempo e da frequência. O nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05).

Resultados:

Tanto o treinamento físico quanto o consumo de chá verde promoveram bradicardia de repouso maior, quando comparados com os animais do grupo CONsed. Com relação à VFC, os grupos CONtre, CHÁsed e CHÁtre apresentaram valores significativamente maiores que o grupo CONsed. A suplementação do chá verde ocasionou aumento da variância, do componente de alta frequência (HF) e do balanço simpato-vagal com relação ao grupo CONsed. O treinamento físico (TF) não potencializou nenhum dos parâmetros avaliados.

Conclusões:

Não houve otimização significativa nos parâmetros hemodinâmicos e autonômicos cardiovasculares em decorrência da associação entre administração de chá verde e treinamento físico em ratos Wistar. Nível de Evidência IV; Série de casos.

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