O (des)compromisso nas práticas corporais de risco: lazer ou competição?
Por Denis Terezani (Autor), Álan Annibal Schmidt (Autor).
Resumo
A busca pela aventura expressa-se no final do século XX e início do século XXI de uma maneira simbólica, representada por atividades que se vinculam ao radicalismo, em que as mais variadas modalidades nos três planos físicos – terra, água, e ar - exprimem sensações de desafios na superação dos próprios limites humanos, interagindo seja com a natureza ou com o espaço urbano, exigindo total interação entre praticante e espaço a ser praticado. Dessa forma, os objetivos buscam analisar as práticas corporais de risco enquanto práticas de lazer, como também sua crescente esportivização. O estudo apresenta uma abordagem qualitativa, respaldado na revisão de literatura. Para tanto, alguns autores se debruçaram nas últimas décadas do século XX e início do século XXI para compreender essa busca pela aventura, a vertigem, ou o envolvimento do ser humano com as atividades vinculadas ao meio ambiente natural. Contudo, o cenário esportivo, foi impulsionado por uma primeira tendência de trazer o esporte para o interior, para o espaço fechado e coberto, evidenciado por exemplo pelo desenvolvimento dos esportes de quadra e em piscinas ao longo do século XX, em contraposição, é hoje marcado por uma segunda tendência, de levá-lo para o exterior, seja no ambiente urbano, como é o caso do skate, ou para a natureza, como o rafting, o trekking, o paraquedismo, entre outros.