Resumo

Este trabalho está centrado no desenvolvimento do pensamento, no sentido de compreender a performance como um ente, baseado na noção de ser como modos e maneiras de existir. Para tanto, sigo na esteira do filosofo francês Etenne Souriau, que traz a arte para o cerne da discussão ontológica. Um contínuo processo de instauração e anáfora de um ser desde uma condição virtual de quase não existência para uma existência plena e indubitável no plano das coisas. Essa função instauradora pressupõe uma relação com o direito de existir através de seus modos e maneiras de ser., e consequentemente a liberdade em fazer existir planos de existência e seus respectivos pontos de vista diante das perspectivas possíveis em uma paisagem e arquitetura da consciência. Nesse sentido posiciono as artes da cena, diante de seu plano de existência, como modo libertário de trazer ao mundo uma diversidade de pontos de vista e renovação do pensamento, mas que, porém, se constitui cerceado pelo modo de ser institucional, operando de maneira tirana e encapsulando tal caráter libertário em condições restritas de legitimidade diante das diretrizes de um sistema comprometido com a apropriação do direito à liberdade.

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