O Efeito da Idade Relativa nas Delegações Olímpicas Brasileiras
Por Marcelo Massa (Autor), Wesley Pereira Barbosa (Autor), Luís Viveiros (Autor), Alexandre Moreira (Autor), Caroline Dário Capitani (Autor), Reury Frank Pereira Bacurau (Autor), Marcelo Saldanha Aoki (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 28, n 4, 2020.
Resumo
Estudos prévios sugerem que jovens atletas nascidos nos primeiros meses do ano podem ser beneficiados no processo de seleção e formação quando comparados a atletas de mesma idade nascidos nos últimos meses do ano. Esse fenômeno é descrito na literatura como o efeito da idade relativa (EIR). O objetivo do presente estudo foi analisar o EIR nas delegações brasileiras participantes dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012. Para esta investigação, a amostra foi composta por 543 atletas olímpicos (masculino e feminino). O teste do Qui-Quadrado (x2) foi adotado para a comparação entre a distribuição esperada e a distribuição observada. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Os resultados do presente estudo não indicam diferença significante para distribuição de nascimentos entre os quartis do ano para a amostra investigada (p>0,05). Portanto, é possível afirmar que não houve ocorrência do EIR nas últimas delegações olímpicas. É possível especular que esse resultado é devido a diversos fatores, como: i) menor demanda por uma vaga nas categorias de base, ii) divisões por categorias competitivas que além da idade também levam em consideração outras variáveis, iii) adoção de abordagens de formação de atletas direcionadas para longo prazo.