O Efeito das Variáveis Situacionais na Efetividade do Arremesso em Jogos Reduzidos de Basquetebol
Por Fabrício Freire Rocha (Autor), Ademir Felipe Schultz Arruda (Autor), Bernardo Miloski (Autor), Gustavo Lucena Anibal Drago (Autor), Murilo Lucena Anibal Drago (Autor), Umberto Cesar Correa (Autor), Marcelo Saldanha Aoki (Autor), Alexandre Moreira (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 31, n 2, 2017. Da página 447 a 456
Resumo
O objetivo do presente estudo foi verificar a influência das variáveis situacionais na efetividade da finalização (arremessos) de jogadores de basquetebol, durante jogos reduzidos (JRs). A amostra foi constituída de 24 jogadores, das categorias sub-15 e sub-17 (15,6 ± 0,4 anos; 82,1 ± 9,9 kg; 187,6 ± 8,0 cm), pertencentes a equipes que participaram do Campeonato Paulista. Foram analisados 8 JRs, compostos por 4 períodos de 4 minutos, com intervalo de 1 minuto entre os períodos, realizados em uma quadra de tamanho oficial (28m x 15m), com três jogadores em cada equipe (3 vs. 3). O resultado do teste de qui-quadrado indicou que a efetividade da finalização apresentou associação com o tipo de posse de bola (p<0,001), com a condição do arremessador (marcado vs. desmarcado) (p<0,001) e com a distância do arremesso (p<0,001). A regressão logística mostrou que a probabilidade de efetividade do arremesso diminuiu mais de 65% (p<0,001) quando o arremessador estava “marcado” comparado com a condição oposta (desmarcado). Os arremessos curtos apresentam maior chance de sucesso (arremesso efetivo) em aproximadamente 84% quando comparado ao arremesso de média distância (p<0,001). Os resultados, portanto, sugerem que a efetividade do arremesso é influenciada pelo posicionamento do arremessador (distância do marcador) e proximidade da cesta. Em uma perspectiva prática, pode-se sugerir que técnicos orientem seus atletas a buscarem espaços próximos da cesta, sem marcação, a fim de aumentar a chance de sucesso do arremesso.