Resumo


Os comportamentos de risco para transtornos alimentares (CRTA) dizem respeito a atitudes patogênicas voltadas para a manutenção ou alteração da massa corporal. As frequentes cobranças as quais os atletas são submetidos para melhorarem seu desempenho competitivo podem leva-los a adotarem essas condutas alimentares, buscando um corpo “ideal e compatível” com a modalidade praticada. Contudo, tais comportamentos podem acarretar desidratação, hiponatremia, e reduções da potência anaeróbia e consumo de oxigênio, considerados efeitos prejudiciais para o rendimento esportivo. Algumas variáveis psicológicas podem estar associadas com os CRTA, dentre elas: o estado de humor e a insatisfação corporal (IC). Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre o estado de humor e a IC direcionada à muscularidade com os comportamentos de risco para TA em atletas de esportes coletivos do sexo masculino. Foram adotados como critérios de inclusão: a) participar de competição no ano de 2016, b) ter regime semanal de treino de pelo menos 6 horas e, c) ter disponibilidade para responder aos questionários. Com isto, a amostra deste estudo constou de atletas de esportes coletivos do sexo masculino [futebol (n = 36), basquete (n = 18) e handebol (n = 16)], que treinavam no estado de Pernambuco. A Escala de Atitudes Alimentares nos Esportes (EAAE), Escala de Insatisfação e Checagem Corporal nos Esportes (EICCE) e Escala de Humor de Brunel (BRUMS) foram utilizadas para avaliar os CRTA, IC e estado de humor, respectivamente. Conduziu-se o teste Shapiro Wilk para verificar a normalidade dos dados e em seguida, a correlação de Pearson para relacionar as variáveis da pesquisa. Os resultados do presente estudo mostraram que os escores da EICCE e BRUMS não estiveram correlacionados aos da EAAE (p > 0,05), indicando que, em atletas de esportes coletivos do sexo masculino, os CRTA não são influenciados pelo humor e IC.
 

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