O material autoconstruído em Educação Física: forças e virtudes
Por Rodrigo Cubillo León (Autor).
Em Lecturas: Educación Física y Deportes v. 28, n 305, 2023.
Resumo
A incorporação de modelos pedagógicos em sala de aula é uma realidade cada vez mais difundida. O presente trabalho busca expor e justificar o grande potencial do modelo de autoconstrução de materiais no campo da Educação Física. A autoconstrução de materiais, como modelo pedagógico emergente, surgiu para solucionar três questões. Por um lado, superar as limitações derivadas dos baixos orçamentos; por outro lado, permitir a adaptação de ferramentas às necessidades da sala de aula e, por fim, criar consciência ambiental. Este modelo procura promover a motivação e a criatividade dos alunos, dando uma segunda vida aos resíduos, conseguindo assim um vasto leque de exercícios e atividades com as quais continuar a aumentar as capacidades motoras dos alunos através de um processo de ensino ativo. Sua utilização justifica-se em nível curricular, e permite a hibridização com outros modelos pedagógicos, além de facilitar o trabalho interdisciplinar com outras disciplinas. Por tudo isto, a autoconstrução de materiais apresenta-se como um modelo ideal para abordar a diversidade na sala de aula através de atividades inovadoras e motivadoras, escapando à monotonia estabelecida pela limitação do material existente na disciplina de Educação Física. Com esse modelo, o professor, a partir do conhecimento e controle de sua turma, pode estimular o processo de ensino-aprendizagem, trazendo à tona o máximo potencial de cada aluno.