Resumo

o que se pretendeu fazer com essa pesquisa, acima de tudo, foi orientar um repensar na Educação Física Escolar a partir da visão reichiana incluíndo alguns pressupostos já pensados por outros autores, sobre uma teoria filosófica do movimento humano. A partir disto, então, procurou-se fazer uma aproximação com a prática pedagógica via Teoria do Se-Movimentar e Teoria Crítico-Emancipatória. A Educação Física na busca de referenciais teóricos para novas formas de intervenção na escola, que instrumentalizem o indivíduo em seu processo emancipatório para uma reflexão crítica dos valores estabelecidos, tem encontrado nas ciências humanas e sociais, especialmente na filosofia e na sociologia, alguns pressupostos muito relevantes para temáticas como corpo, corporeidade e movimento. Porém, poucos referenciais teórico puderam ser, até o momento, aproximados e traduzidos em intervenções concretas. Este trabalho procurou realizar uma aproximação da teoria reichiana com elementos da pedagogia crítica da Educação Física. Assim sendo, nós extraímos do arcabouço teórico de Reich alguns conceitos como: pensamento funcional, energia orgone, couraças e sua disposição segmentar e movimento expressivo. Percebendo uma grande aproximação com as teorias filosóficas do movimento humano e da pedagogia do semovimentar de Tamboer, Trebels e Kunz, estabelecemos, então, um diálogo com as duas teorias. O objetivo da pesquisa foi descompartimentalizar o entendimennto sobre o "funcionamento" do ser humano, tentar compreendê-Io em sua totalidade e a partir desta nova concepção de ser humano e do seu semovimentar, trazer para a prática pedagógica da Educação Física, não só um novo entendimento do movimento humano, mas também utilizar-se de seu potencial dialógico para a emancipação dos sujeitos mediante a prática pedagógica condizente no contexto escolar específico. Ou seja, com isso dilatar o arsenal teórico da Prática Pedagógica da Educação Física e ousar mostrar que o MOVIMENTO de emancipação é possível.

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