Resumo

Os objetivos do presente estudo foram: a) descrever a demanda física imposta aos árbitros de futebol brasileiros durante partidas oficiais e b) analisar se o nível de aptidão física interfere no desempenho da arbitragem. Os árbitros (n = 11) foram avaliados durante jogos oficiais (n = 21) do campeonato Potiguar 2009. A média de idade foi de 36,36 ± 6,34 anos. A distância percorrida, a velocidade (média e máxima) e a frequência cardíaca (média e máxima) foram registradas durante as partidas. A análise da arbitragem foi realizada por avaliador credenciado pela Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol (FNF), seguindo os critérios estabelecidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A distância percorrida, a velocidade e a frequência cardíaca foram, respectivamente, 10,50 ± 0,35 km, 6,43 ± 0,26 km/h (média), 19,84 ± 1,56 km/h (máxima), 162,77 ± 7,44 bpm (média) e 182,22 ± 7,72 bpm (máxima). Foi evidenciada correlação significativa entre o VO2máx e a distância percorrida no segundo tempo (r = 0,517) (p < 0,05). O VO2máx também apresentou correlação com a velocidade máxima de deslocamento (r = 0,506) (p < 0,05). Já o percentual de gordura apresentou correlação negativa com a velocidade máxima no segundo tempo (r = -0,471) (p < 0,05). Foi detectada correlação positiva entre o desempenho da arbitragem e o VO2máx (r = 0,530) (p < 0,05). Com relação ao percentual de gordura, o mesmo apresentou correlação negativa com o desempenho do árbitro (r = -0,496) (p < 0,05). Os resultados do presente estudo indicam que os árbitros de futebol são submetidos à alta sobrecarga física/fisiológica durante as partidas. Os resultados obtidos também sugerem que os parâmetros associados com a aptidão física (composição corporal e o VO2máx) podem interferir no desempenho da arbitragem.

 

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