Resumo

Esta Tese está vinculada à linha de pesquisa “Práticas e Processos Formativos em Educação” e tem o seguinte pressuposto: se a escola é um local no qual pessoas ensinam e aprendem, podemos pressupor que a atribuição de sentidos esteja vinculada às relações com os saberes que os sujeitos estabelecem no espaço-tempo vivido nessa instituição. Os questionamentos que delimitam nossa problemática são: Qual o sentido do aluno aprender Educação Física na escola no mundo contemporâneo? Quais relações os alunos estabelecem com os saberes da Educação Física quando se predispõem a aprender? Nosso objetivo geral é compreender como os alunos atribuem significados e sentidos à relação com os saberes elaborados com e nas aulas de Educação Física. Os objetivos específicos são: identificar e interpretar quais saberes são elaborados pelos alunos com e nas aulas de Educação Física; identificar e interpretar quais relações os alunos estabelecem com o saber a partir das experiências vividas nas aulas de Educação Física; explicitar, analisar e interpretar o que é o saber com e na Educação Física na perspectiva de sujeitos (professor e alunos) imbricados em uma prática educativa compartilhada. No quadro teórico, aprofundamos a discussão com a convergência entre a teoria da noção de relação com o saber, baseada em Bernard Charlot, e os saberes necessários para uma prática educativa crítica e emancipatória, propostos por Paulo Freire. Destacamos o tratamento pedagógico esperado na proposição Crítico-Emancipatória e no conceito do Se-Movimentar, defendidos por Elenor Kunz. Arrolamos com isso as possibilidades de aproximar os conceitos de Charlot– referentes à relação com o saber –, aos conceitos de Freire sobre práticas educativas, e à concepção Crítico-Emancipatória e o conceito de Se-Movimentar propostos por Kunz.

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