Resumo

O skate brasileiro passou por inúmeras conjunturas, dentre elas, uma se destacou, a sua associação a atos de marginalidade. Mas esse cenário mudou com sua entrada oficial no quadro de modalidades dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Este fato, fez com que aumentasse a busca por locais adequados pra a prática e por aulas com profissionais especializados, isso oportunizou a criação de novos ambientes para a prática. Junto com crescimento e a popularidade do skate, surge a importância de citar a função socializadora inserida na modalidade, este é um dos motivos que atraem e permite permanência de diversos praticantes. E a vertente social deste esporte, favorece o aumento gradual no número de ações sociais ligados a ela no Brasil. No entanto, mesmo com o aparente interesse de investir no skate, ainda não há grandes apoios ou patrocínios para o desenvolvimento de muitos desses projetos, o que dificulta a realização, manutenção, gestão a e ampliação dos mesmos, levando a suspensão das atividades. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi analisar a gestão das organizações esportivas socioeducacionais que adotam o skate como base das suas atividades. A metodologia utilizada parte de uma pesquisa descritiva e qualitativa com os gestores das três entidades da região metropolitana de Curitiba, que foram analisada por meio de entrevista em profundidade no formato semiestruturado, seguindo um roteiro composto por questões referentes aos processos administrativos de planejamento; organização; execução; controle e avaliação. Os dados obtidos foram analisados através do método de codificação e categorização das informações. Após as análises chegou-se a alguns resultados. As entidades apresentavam falhas relacionadas ao planejamento, não havendo uma definição e utilização adequada dos seguintes pontos: objetivos, meios de execução e meios de controle. Já no que se diz respeito a organização, as três entidades analisadas não determinavam o papel e as responsabilidades de cada elemento que a compunha. A função de execução era diretamente afetada pela falta de planejamento. Por fim, no que diz respeito a controle e a avaliação, em sua maioria, não houve dedicação para realizar com êxito está função, causando limitações ao analisar se os objetivos foram alcançados. De maneira geral, os gestores possuíam conhecimentos práticos sobre a modalidade, no entanto, há uma falta de conhecimento teórico a respeito das funções administrativas fundamentais pra o funcionamento adequado das organizações, o que gerava uma gestão empírica sem o devido embasamento teórico. O conteúdo difundido neste estudo oportuniza pesquisas futuras os quais buscam identificar o perfil do gestor esportivo, o que favoreça a criação de um guia para gestores. Outra implicação é a possibilidade de se investigar quais ações são necessárias para que os gestores utilizem a Lei de Incentivo ao Esporte, e com isso, também se abre oportunidades para estudos voltados para as diversas formas de capacitação de recursos para os projetos esportivos educacionais, usufruindo de recursos públicos e privados.

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