Resumo

Situado no conjunto dos estudos do campo trabalho e educação, esse texto pretende discutir o trabalho na Escola do MST. O contexto demarcado é da Crise Estrutural do capital (Mészáros, 2009), em que no Brasil se expressa na relação de dependência aos ditames imperialistas, caracterizado como capitalismo dependente (Fernandes, 2009), tendo no agronegócio, como expressão atual da questão agrária, um dos principais fenômenos que auxiliam nesse entendimento. O MST se constitui como o principal sujeito político no enfrentamento a essa lógica hoje no Brasil. No forjar da sua luta, forja uma educação para seus sujeitos, e nessa vai ocupando a escola com sua perspectiva. O trabalho assume relevante papel nesse processo. Discutiremos essas relações tomando a materialidade do Tempo Trabalho no Instituto de Educação Josué de Castro (IEJC), escola de Ensino Médio e Profissionalizante ligada ao MST. A mesma está situada em Veranópolis – RS, buscando atender jovens e adultos de áreas de Reforma Agrária, ligadas ao MST, ou a outros Movimentos Sociais. As conclusões a que chegamos é que a inserção do trabalho na escola, alinhado a perspectiva da classe trabalhadora, traz um sentido educativo que questiona e contrapõem a lógica destrutiva do capital.

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