Resumo

Introdução: Considerando o esporte como fenômeno de múltiplos significados e sentidos, (BENTO, 2006) a capacidade de desenvolver valores morais é praticamente consenso, no entanto, muitas vezes atribuído de forma superficial e compulsória, existindo pouca ou nenhuma atenção sobre esta temática na formação do treinador. Objetivo e metodologia: o estudo objetiva discutir, recorrendo à pesquisa bibliográfica, as características do treinador para que atue de forma coerente e intencional na formação da personalidade moral de seus alunos ou atletas. Resultados/ Conclusão: a escassez de estudos sobre o treinador esportivo e moralidade conduziu o estudo a pautar-se prioritariamente nos autores da educação moral. Inicia-se pontuando a necessidade de afastar-se do senso comum que entende que basta ensinar esporte que automaticamente se desenvolve valores morais voltados para uma boa vida. Portanto, intencionalidade é exigência no trato pedagógico do professor, e, consequentemente, sua capacitação para inteirar-se dos conceitos da educação em valores. Entendendo a moralidade como construção pessoal (PIAGET, 1994), o treinador deve procurar estimular seus alunos no caminho da autonomia moral que, em termos gerais, se alcança mediando os dilemas por meio do diálogo constante e favorecendo a compreensão sobre as decisões tomadas. Porém, mediar não significa se ausentar, ser o “bonzinho” ou, por outro lado, o “autoritário” (SANTANA, 2004). Portanto condutas heteronômicas podem e devem ser tomadas conforme exigência do caso, mas não devem ser norteadoras permanentes das atitudes do professor. (PUIG, 1998) O treinador também deve atentar-se ao fato de que representa um exemplo, especialmente, aos alunos jovens. E como modelo, espera-se que sua competência moral seja admirável e imitável. 

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