Observatório dos esportes na natureza: curso básico de montanhismo
Por Gabriela Araujo Goes da Mota (Autor), Tauan Nunes Maia (Autor), Gustavo Bento Ribeiro Araujo (Autor), Edmundo Drummond Alves Junior (Autor).
Resumo
As atividades de aventura realizadas em ambientes naturais, tem se destacado como símbolos de identificação coletiva e de consumo da cultura esportiva que se relacionam com ecologia, aventura, coragem, audácia e jovialidade. A expansão deste fenômeno nos traz a refletir e discutir sobre os impactos causados na natureza, e sobre a importância dada a este assunto pelos praticantes dos esportes de montanha. Nos últimos anos, diversas investigações vêm sendo realizadas pelos membros do Grupo de Pesquisa Esporte Lazer e Natureza (GPELN) no sentido de identificar a lógica tanto dos praticantes, do meio institucional e também do mercado que hoje existe neste campo esportivo. Investigaremos o significado das atividades de aventura na natureza, através de análise de revisão bibliográfica e observação no local. A associação onde será realizada esta pesquisa é uma das mais antigos do gênero, trata-se do Clube dos Excursionistas do Rio de Janeiro (CERJ). É uma entidade reconhecida como de utilidade pública, sem fins lucrativos, cuja principal atividade é a prática do excursionismo em geral e do montanhismo em particular. O CERJ oferece dois cursos: o Curso Básico de Montanhismo (CBM) e a Escola Técnica de Guias Excursionistas (ETGE). No caso do primeiro, que será o foco de nossas investigações, ficamos sabendo que ele aborda conteúdos diversos que passam desde a História do Montanhismo a questão da Ética, Ecologia e do Mínimo Impacto. Assim queremos nos aprofundar para identificar como se apresenta o curso, em que lógica está estruturado, como é tratado à questão ambiental, quem são os responsáveis pelo CBM, quem são os alunos e o que eles procuram. Outra questão a ser abordada é o uso desse esporte de aventura para preencher o tempo de lazer do aluno.