Os Comportamentos de Risco Para os Transtornos Alimentares Atenuam a Agilidade e a Impulsão Vertical em Atletas de Esportes de Combate?
Por Saulo Fernandes Melo de Oliveira (Autor), Leonardo de Sousa Fortes (Autor), Lilyan Carla Vaz Mendonça (Autor), Geraldo José Santos Oliveira (Autor), Pedro Pinheiro Paes (Autor), António Manuel Leal Ferreira Mendonça da Fonseca (Autor).
Resumo
Desconhece-se a relação entre desempenho físico e comportamentos de risco para os transtornos alimentares (CRTA). O objetivo foi comparar a agilidade e a impulsão vertical entre atletas de esportes de combate do sexo masculino com e sem risco para os transtornos alimentares. Participaram 113 atletas com idade entre 12 e 36 anos. O Eating Attitudes Test (EAT-26) foi utilizado para avaliar CRTA. Utilizou-se o teste vai-e-vem (5 metros) para avaliar agilidade. O teste de impulsão vertical foi utilizado para avaliar a potência anaeróbia de membros inferiores. Conduziu-se análise multivariada de covariância (MANOVA) para comparar os testes motores em função das classificações dicotômicas do EAT-26. Os resultados indicaram diferença estatisticamente significante da impulsão vertical entre atletas com (Média=2,50m) e sem risco (Média=2,58m) para os transtornos alimentares (F(2, 111)=12,34; p=0,041). Os achados não apontaram diferenças para a agilidade entre atletas com (Média=20,57 segundos) e sem risco (Média=20,34 segundos) para os transtornos alimentares (F(2, 111)=2,57; p=0,22). Concluiu-se que os comportamentos de risco para transtornos alimentares estiveram relacionados com o menor desempenho na impulsão vertical em atletas de esportes de combate do sexo masculino, fato não replicado para a agilidade.