Os Corredores de Rua do Município de Pontes e Lacerda-mt
Por Matheus Olavo Campos de Assunção (Autor), Victor da Cruz Valle (Autor).
Em XV Congresso de História do Esporte, Lazer e Educação Física - CHELEF
Resumo
Nos últimos anos percebe-se que a corrida de rua vem crescendo muito no Brasil e no mundo (HERTHER 2016; SALGADO, CHACON-MIKAHIL, 2006) e no município de Pontes e Lacerda-MT e região não é diferente. O estudo a ser apresentado aqui possibilitará mostrar um pouco sobre os corredores de rua da cidade de Pontes e Lacerda-MT, bem como suas histórias, trajetórias, motivações, sentidos e prazeres vividos nesta modalidade esportiva. A fim de mostrar e contar quem são estes esportistas, nossa pesquisa tem como tema a trajetória e história dos corredores de rua do município de Pontes e Lacerda-MT. A partir do exposto, o objetivo do trabalho foi conhecer a trajetória/história dos corredores de rua do município de Pontes e Lacerda-MT. A pesquisa está assentada sob a abordagem qualitativa e do método de História Oral, que se reporta à narrativa e é possível acessar informações que podem não aparecer em documentos (BOOTH, 2011). Para a obtenção dos dados, realizamos entrevistas semiestruturadas, gravadas em áudio para o registro das falas dos atores. Os participantes da pesquisa foram dois corredores de rua do município de Pontes e Lacerda-MT, com idades distintas, sendo um de vinte e seis anos e o outro de quarenta e três anos, ambos realizam os treinos e competições juntos. Ao concluir a pesquisa, percebemos nas falas dos atores que a corrida de rua entrou em suas vidas já na fase adulta, através de amigos e parentes e que os mesmos foram os motivos e influências para a prática deste esporte, além da qualidade de vida. Um dos corredores nos relatou ainda que ao iniciar a corrida de rua achava uma “loucura”, mas que depois se tornou um vício. Além disso, os participantes destacam sentirem uma grande sensação de prazer e liberdade ao praticar a corrida de rua e que, às vezes, a corrida também colabora financeiramente através de competições, mas que contribui bem mais em suas vidas, exemplificado pelos contextos de saúde, trabalho e o bom relacionamento com as pessoas. Por fim, os corredores de rua relatam não terem bons espaços para os treinos e que o município não os incentiva.