Resumo

A Educação Física como campo de estudos e de intervenção vem sofrendo transformações ao longo dos anos, passou por influências militarista, higienista e tem discutido a inserção do debate sobre a cultura como ponto central dessa trajetória. Além disso, se consolidou como disciplina da escola básica e de ações fora do contexto escolar, e consequentemente instituiu um processo formador de profissionais da área. Essa formação tem passando por mudanças nas propostas curriculares e desde a década de 1980, vem debatendo e implementando a formação em duas modalidades: licenciatura e bacharelado. Nesse contexto, não apenas o currículo da educação física foi se modificando, mas o perfil do estudante também se alterou, um fator determinante para essa mudança foi a política de cotas de de 2012, que resulta em um perfil mais diversificado e inclusivo na formação profissional nas universidades. O mercado de trabalho em educação física é volátil, se alterando em tempos recordes e fazendo com que novos empregos surjam, tenham um “boom” de alta demanda e/ou desapareçam rapidamente, a exemplo da prática do beach tennis na atualidade. Esse estudo sobre a inserção no mercado de trabalho de egressos do curso de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais, tem as seguintes questões como foco: qual o perfil dos/as egressos/as do curso? Como avaliam a sua formação em Educação Física na UFMG? e por fim, de que maneira estão inseridos/as no mercado de trabalho? Assim, procuro descrever o perfil dos/as egressos/as de educação física, tendo em vista identificar os marcadores sociais de gênero, faixa etária, raça/cor/etnia, realidade socioeconômica, bem como se ingressou na faculdade a partir da política de cotas e se foi assistido com políticas de permanência estudantil. Sobre a formação profissional, a pesquisa foca na visão dos egressos sobre a formação ofertada pela UFMG, tendo em vista discutir a divisão entre licenciatura e bacharelado em Educação física e uma avaliação sobre o curso. Nesse ponto, a discussão focalizou o atendimento ou não das expectativas, as possibilidade de formação continuada e se foi necessário trabalhar durante o período que cursava a graduação. Com relação ao mercado de trabalho, a pesquisa discute o tempo para inserção na atividade laboral, a média salarial, os locais de trabalho, os cargos assumidos, o setor de trabalho e o número de horas trabalhadas por semana. Essa pesquisa qualitativa é uma combinação de pesquisas bibliográfica e de campo e para tanto realizei um levantamento de dados dos egressos de 2010 à 2023 junto ao Colegiado do curso de Educação Física da UFMG. O questionário composto por 38 questões foi enviado a todos os/as egressos/as formados/as no período delimitado e no momento aguardamos a resposta dos questionários. Como considerações finais podemos identificar uma abertura da coordenação do curso para realização da pesquisa, bem como dos número significativo de egressos/as que já responderam a pesquisa. Os dados com as análises e a pesquisa finalizada serão apresentados durante o evento.

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