Paradoxo da atividade física e riscos cardiovasculares
Por Leonardo Emmanuel de Medeiros Lima (Autor), Luis Carlos de Oliveira (Autor), Aylton Figueira Junior (Autor).
Parte de Entendendo os temas emergentes em treinamento, atividade física e saúde . páginas 147 - 168
Resumo
As doenças cardiovasculares causam 17 milhões de mortes anualmente em todo o mundo, representam um grande ônus para a saúde pública, relacionadas à mortalidade, perda da qualidade de vida, limitações nas atividades de trabalho e lazer, além de impactos econômicos para as famílias e sociedade em geral (EZEUDO, 2018; LI, 2020). As doenças cardiovasculares são, na atualidade, responsáveis por aproximadamente 40% da mortalidade no mundo (YUSUF, 2001; JAKAB, 2020). A etiologia multifatorial das doenças cardiovasculares é amplamente conhecida, os fatores de risco são classificados em duas modalidades: aspectos não modificáveis tais como hereditariedade, idade, sexo; fatores de risco passíveis de intervenção e modificação como hipertensão arterial sistêmica, colesterol aumentado, tabagismo, sedentarismo, obesidade, diabetes mellitus e fatores psicossociais (CHRYSAIDOU, 2020). O aumento da inatividade física representa um problema de saúde de diversos países industrializados, sendo responsável por 1,9 milhões de mortes por ano. Os riscos de morte foram reduzidos em até 40% em indivíduos que são moderadamente ativos (CRICHTON; ALKERWI, 2014).