Resumo

A década de 1930 foi um período marcado por intensas disputas no campo educacional, que podem ser captadas por meio da imprensa periódica. Com a obrigatoriedade da Educação Física, foi adotado o Regulamento nº 7, um manual desenvolvido segundo as concepções metodológicas do Método Francês. De acordo com os preceitos do método, a Educação Física deveria ser norteada por princípios “anátomo-fisiológicos” e, preferencialmente, a classificação e divisão dos alunos em seus grupos deveria ocorrer mediante as suas idades fisiológicas (ESTADO-MAIOR…, 1934). Apesar do manual fornecer as bases para o direcionamento da Educação Física, discutia-se a sua pertinência nas páginas dos impressos, uma vez que os dados compilados diziam respeito a um padrão estrangeiro para a classificação dos alunos, desconsiderando o perfil morfofisiológico genuinamente brasileiro. O estudo objetiva analisar as repercussões da proposta de implantação da Educação Física no sistema de ensino, observando as lutas de representação e os debates que foram produzidos sobre a melhor forma de homogeneizar as classes de alunos. Opera-se com o conceito de representação de Roger Chartier (2002), para entender as lutas de representação como elementos que dão visibilidade às disputas pela autoridade no campo pedagógico. As fontes constituem-se de três impressos. São eles: Revista de Educação Física (REF); Educação Physica (EPHY); e Boletim de Educação Física (BEF).

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