Parkour, Cultura do Deslocamento: Relato de Experiência Sobre o Ensino Dessa Prática Para Crianças e Adolescentes
Por Gustavo Moura Leal (Autor).
Em III Congresso Internacional de Pedagogia de Esporte - CONIPE
Resumo
Introdução: O Parkour é uma prática corporal que nasce a partir de um movimento da periferia francesa nos anos 80, chegando a ter os primeiros praticantes no Brasil em 2004. Consiste em utilizar habilidades motoras básicas, como pular, correr, saltar e rolar, além de movimentos mais complexos e específicos da prática para se deslocar de diferentes formas pelo ambiente, transpondo obstáculos e ressignificando espaços públicos. Objetivo: Relatar a experiência no desenvolvimento de um projeto social com Parkour em Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo, que oferece aulas gratuitas semanalmente. Desenvolvimento: A ideia de oferecer as aulas e iniciar esse projeto, surge após visita com grupo da Universidade de São Paulo (USP) à Ocupação Cultural Mateus Santos, espaço de cultura do território que oferta diferentes atividades culturais gratuitas. Essa ideia foi apresentada ao coletivo que faz a gestão do espaço, que aprovou a iniciativa e é parceiro desde o início em 2019. As atividades acontecem no prédio da Ocupação, em praças públicas e em outros espaços como escadas e pista de skate. No início contou com alunos, em sua maioria adolescentes, e a partir de 2021 teve maior presença de crianças. As aulas são em grupo, com aquecimento, prática de movimentos e percursos, jogos, brincadeiras e pausas para conversas, provocações e reflexões sobre as atividades. Por não haver divisão por idade ou categoria, existe o convívio de alunos de diferentes faixas etárias, habilidades e capacidades físicas, essa convivência e compreensão de características diferentes é importante e reflete princípios de coletividade e de prática democrática que possui o Parkour. Sugestões: Sugiro conhecer o território, saber se já existe algo semelhante para servir como exemplo e ter um parceiro, como o coletivo Movimento Cultural Ermelino Matarazzo, que ajuda a divulgar as aulas, documenta em fotos e apoia desde sempre as atividades.