Resumo

Este estudo descritivo teve como objetivo analisar o nível de percepção de competência e o desempenho motor de escolares de 11 e 12 anos, do município de Cascavel/PR. A amostra, tipo conglomerado, foi composta por 672 escolares (13,1% da população), com idades entre 11 e 12 anos, de 5ª e 6ª série do ensino fundamental das escolas estaduais (340 do gênero feminino e 332 do gênero masculino). Para verificar a percepção de competência, foi utilizado o Protocolo de Percepção de Competência de Harter (1985), adaptado por Fiorese (1993). O desempenho motor foi avaliado por meio de testes propostos por Gaia e Silva (2007), sendo selecionados os testes de força explosiva de membros superiores, força explosiva de membros inferiores, de agilidade e de velocidade. Foi utilizado o protocolo proposto por Fernandes Filho (1999) para coleta dos dados referentes à estatura e massa corporal. Para análise dos dados foi utilizado o pacote estatístico SPSS 13.0 para Windows. Utilizou-se a estatística descritiva. O Teste U de Mann-Whitney foi utilizado para verificar as diferenças entre os grupos (gênero, idade e experiência esportiva) em relação as variáveis de percepção de competência e de desempenho. O Teste do Quiquadrado foi utilizado para verificar a associação entre as variáveis de percepção de competência e de desempenho dos escolares. Foi adotado valor de p<0,05. Os resultados demonstraram uma diferença significativa entre os gêneros na percepção de competência nas subescalas motora, aparência física e conduta comportamental Entre os participantes de treinamento esportivo e os não participantes, foi encontrada uma diferença significativa na subescala afetiva e uma diferença altamente significativa para a subescala motora. Com relação ao desempenho escolar foram observadas diferenças significativas entre as idades e entre os gêneros. Nos testes de desempenho motor os que participam de treinamentos apresentaram valores significativamente melhores em todos os testes em relação aos que não participam. Observou-se associação significativa no teste de força explosiva de membros inferiores no grupo que participa de treinamento esportivo. Conclui-se que participar de treinamento esportivo pode auxiliar no desenvolvimento da auto-confiança e da autoestima motora e favorecer o desenvolvimento de um auto-conceito positivo.

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