Perfil antropométrico de pessoas do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA): barreiras comportamentais e estratégias para avaliação
Por Rayssa Evelly da Silva Barbosa (Autor), Aécio Brito Barbosa (Autor), Bruna Emília do Nascimento Santana (Autor), Jamilly da Conceição Costa (Autor), Wanessa Oliveira da Silva Correia (Autor), Chrystiane Vasconcelos Andrade Toscano (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
Alterações nas medidas antropométricas em pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são demonstradas em estudos de caracterização, assim como, barreiras comportamentais são citadas como desafios para a aplicação de protocolos de avaliação física. (OBJETIVO) Caracterizar o perfil antropométrico e comportamental de pessoas com TEA e identificar estratégicas para avaliação da saúde física. (METODOLOGIA) Estudo descritivo transversal, 17 participantes masculinos, diagnóstico TEA, selecionados por conveniência, idade média 12,58 ± 3,6 anos, assistidos pelo Projeto de Pesquisa em Exercícios Físicos para a População TEA (PEFaut) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Procedimental: (1) aplicação da Escala de Traços Autísticos (ATA) e da Childhood Austim Rating Scale (CARS); (2) medidas de massa corporal e estatura foram mensuradas em triplicata considerando média para análise. O IMC (massa corporal [kg]/estatura [m]²) foi classificado de acordo com critérios da Organização Mundial de Saúde "sem excesso de peso corporal" (baixo peso [≤-2 escores-Z]+peso normal [>-2 a ≤+1 escores-Z]) e "com excesso de peso corporal" (sobrepeso [>+1 a <+2 escores-Z] + obesidade [≥+2 escores-Z]); (3) análise dos resultados a partir da estatística descritiva. (RESULTADOS) Dados de caracterização demonstraram média e desvio padrão de 35,76±5,42 segundo ATA e nível de suporte severo para todos os participantes para CARS. Avaliação antropométrica demonstrou que 64,7% dos participantes apresentaram excesso de peso. Resistência a mudanças (88,2%); hiperatividade (70,6%) e movimentos estereotipados (100%) foram as características mais presentes nos participantes. Estratégias como: (1) seleção de sala fechada, luz e temperada adaptada a cada criança, retirada de distratores visuais; (2) instrução verbal seguida de modelo oferecido pelo avaliador; (3) uso de recompensa; (4) pesagem da criança no colo foram utilizados na avaliação física. (CONCLUSÃO) Conhecer sobre a caracterização do TEA poderá apoiar as estratégias para realização de avaliações físicas e ampliação de estudos sobre a população.