Resumo

A atividade física e o consumo alimentar estão associados a vários desfechos de saúde. O objetivo do presente estudo foi investigar as diferenças no comportamento alimentar e na atividade física de escolares brasileiros da rede pública e privada. Um estudo trans­versal de base escolar, com crianças entre 7 e 10 anos, foi realizado em Florianópolis, SC, Brasil (n = 2.936). As informações foram obtidas por meio de um questionário respondido pelas próprias crianças. Maior proporção de meninas alcançaram as recomendações para o consumo de frutas e vegetais e limitaram o consumo de doces e refrigerantes. Os meninos relataram maiores níveis de atividade física (P < 0,001). Escolares da rede privada tiveram maior chance de serem mais ativos (Odds Ratio = 1,53, 1,14-2,05) e 80% menos chance de serem ativos no deslocamento para a escola; além disso, tiveram maior chance de atender as recomendações para o consumo de frutas e verduras, limitar o consumo de doces, apresen­tar número adequado de refeições e não consumir fast food e refrigerantes. Resumindo, as meninas e os escolares da rede privada relataram melhores padrões de consumo alimentar, enquanto os meninos e os escolares da rede privada foram mais ativos. Tais resultados apontam a escola pública como um alvo para iniciativas de promoção da saúde.

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