Resumo

A gestão desportiva é uma das principais áreas de intervenção profissional no contexto do desporto e, com o aumento da demanda por produtos e serviços esportivos, a profissionalização do gestor que atua nesse segmento ganha importância. Quando nos deparamos com os dados econômicos do mercado do futebol, que representa 57% de todo o PIB esportivo, a preocupação com a formação profissinal se apresenta como mais urgente e pertinente nos contexto dos clubes de futebol, que têm movimentando receitas cada vez mais vultosas e mais diversificadas, como patrocínios, direitos de transmissão de jogos, venda de direitos de atletas, bilheteria e venda de produtos e serviços. Conhecer o perfil formativo e profissional dos gestores esportivos é fundamental para diagnosticar a realidade das organizações esportivas e acompanhar a evolução desse segmento profissional. Nesse sentido, algumas pesquisas foram realizadas no país com essa temática e o presente estudo surge com o objetivo de levantar e descrever o perfil dos gestores de clubes de futebol de Fortaleza, estado do Ceará, Brasil. Fortaleza sedia dois clubes de futebol, Ceará Sporting Club e Fortaleza Esporte Clube, que disputram a primeira divisão da maior competição de futebol do país, além de possuir clubes na 3ª e 4ª divisões nacionais. O estudo utilizou-se de abordagem quantitativa e os resultados foram analisados por meio de estatística descritiva. O método utilizado foi o levantamento descritivo, realizado por meio de um questionário-survey e amostra não probabilística, pela dificuldade de acesso e de comunicação com as entidades esportivas. Os sujeitos da pesquisa foram os dirigentes máximos dos clubes de futebol sediados no município de Fortaleza. Responderam à pesquisa 17 entidades, sendo 12 clubes de futebol com prática exclusivamente amadora e 5 clubes de com prática profissional. Os dados do estudo nos levam a sugerir que a gestão dos clubes de futebol de Fortaleza encontra-se nas mãos de um perfil predominantemente: masculino, consolidando a dominância desse gênero na gestão do mercado esportivo e, em especial, no segmento do futebol; com idade na faixa de 40 a 49 anos de idade; com nível básico de formação, ou seja, no máximo com o ensino médio concluído e sem formação na área da gestão do esporte; que possuem uma ocupação profissional paralela ao trabalho no clube, dedicando-se, no máximo, 4 horas à gestão de suas entidades e não sendo remunerados pela função.

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