Resumo

O estudo buscou investigar a minha prática pedagógica, em uma escola municipal de Vitória/ES, na EMEF – “Maria José Costa Moraes”, com os estudantes dos 8º anos, no ano de 2019. Percebi com o passar do tempo que a minha ação estava limitada aos conteúdos tradicionalmente tratados nas aulas de EF (Futsal, Handebol, Basquete, Vôlei), dessa forma, os conhecimentos tornaram-se repetitivos para os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental nas aulas de EF, acarretando problemas na participação. Esse problema foi comprovado na realização da avaliação diagnóstica 2017, em que os estudantes expressaram que não viam importância nas aulas de EF e os conteúdos da EF para eles eram somente aqueles que tinha acesso nas aulas. Dessa forma, foi preciso repensar a ação pedagógica, com o objetivo de ampliar o repertório das práticas corporais dos estudante, para isso percebi como necessário a participação dos/as estudantes na escolha dos conteúdos e nas decisões sobre o planejamento. Sendo assim, escolhemos o Planejamento Participativo como estratégia, pois questiona as dinâmicas tradicionais de planejamento nos mais variados campos da sua prática, provocando a inversão de relações do planejamento tradicional, ou seja, no processo tecnocrático são verticais, enquanto que no participativo, existe uma visão humanista da pessoa, proporcionando relações horizontais que são valorizadas e assumidas. A pesquisa contou com 66 intervenções, sendo dividida em duas Unidade Temáticas escolhidas por eles, que foi a pratica corporal da Peteca e do Badminton, os estudantes foram protagonistas no processo de construção do conhecimento junto com a docente, através de pesquisas e construção das aulas, além disso, priorizamos a avaliação como sendo um processo investigativo, utilizando como instrumentos avaliativos os portfólios e as histórias em quadrinhos. A pesquisa é caracterizada como sendo qualitativa, utilizamos os princípios da pesquisa-ação, visto que demandou ações coletivas buscando alteração no que estava sendo investigado. Os instrumentos de coleta de dados foram os portfólios dos estudantes, o diário de campo da docente, fotos, filmagens e uma entrevista semiestruturada. A análise dos dados foi realizada levando em consideração a análise do conteúdo, realizada em etapas como a pré-análise, exploração do material e tratamento dos dados que foram interpretados, estabelecendo o quadro de resultado da pesquisa. Percebemos que ações democráticas dentro do espaço escolar, resultou em mudanças no fazer docente, os registros contribuíram para narrar o vivido, proporcionando ação-reflexão-ação do processo de intervenção, além disso, a pesquisa nos aponta sentimentos de pertencimento dos estudantes, sendo protagonistas das ações.

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