Resumo

Resumo: A pós-graduação brasileira tem sido amparada por políticas cujos documentos orientam como esse campo deve ser organizado e desenvolvido. Esses são modificados em função das exigências de pesquisa, de formação e de mercado, pois à medida que um documento geral é estruturado para a pós-graduação, os documentos específicos tendem a ser reformulados no sentido de atender às orientações gerais pré-determinadas, embora não seja possível afirmar que isso sempre ocorra e da mesma forma. Daí o interesse dessa pesquisa em entender a problemática de como um documento geral dialoga com um documento específico da pós-graduação em Educação Física, o que nos levou ao desenvolvimento dessa dissertação que tem por objetivo analisar a inter-relação do Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG 2011-2020) com o Documento de Área 2013, da Área 21 da CAPES, a fim de observar o grau de aderência entre eles, bem como as consequências dessa aderência para a pós-graduação em Educação Física no Brasil. Para tanto, foram selecionados dois documentos representativos da pós-graduação: o PNPG 2011-2020, que se configura como plano nacional de orientação basilar para a pós-graduação brasileira, e o Documento de Área 2013, norteador das ações para a pós-graduação na Área 21 da CAPES, na qual a Educação Física se insere. Com base na leitura sistematizada desses documentos, buscamos entender o grau de aderência entre eles, bem como as decorrências que essa aderência desencadeia para a pós-graduação em Educação Física. As orientações próprias da pesquisa documental (MINAYO, 2012) guiaram os procedimentos específicos dessa dissertação, bem como a análise da inter-relação entre documentos que representam o cenário da pós-graduação, como o PNPG para a pós-graduação brasileira, e o Documento de Área para a Área 21, especificamente para a Educação Física, no caso dessa pesquisa. O estudo aponta para o elevado grau de aderência entre o Documento de Área e o PNPG 2011-2020, haja vista o enfoque predominante de ajuste ao sistema que dificulta ou pune ações que se distanciam da perspectiva orientadora padrão, bem como para a predominância do modelo heterônomo de pós-graduação, calcado no interesse de órgãos externos ao setor universitário, como o Estado e o mercado, que tendem a intervir nesse espaço com vistas ao atendimento de seus interesses.

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